No inicio da cena eletrônica no Brasil, tinham-se diversos relatos de pessoas que nunca antes tiveram contato com a música eletrônica, e após o primeiro contato sentiram um impacto tão grande, que esse novo estilo de música os levavam a repensar o comportamento, a forma de andar, se divertir e absorver arte (alternativa).
Sendo assim, hoje é que é chamado de cultura, ou cena, anteriormente soava como movimento, pois uma nova forma de música havia chegado, e por onde esse estilo ia ganhando território ali se formavam grupos de pessoas que repensavam a sua forma de ser e estar.
Na antiguidade falava-se muito de modernidade, porém no século XXI o conceito que se tinha de modernidade era a partir das artes, pois o termo modernismo somente era cogitado nesse seguimento. Jovens, e adolescentes na sua maioria tiveram a real noção de moderno aqui no Brasil com achegada da música eletrônica, pois até então, moderno é um termo muito formal para alguns grupos sociais.
Esse movimento da eletrônica proporcionava ao jovem um novo “lifestyle”, e isso era tudo o que estava faltando, pois ter uma banda de grupo escolar, de garagem ou usar roupas das melhores grife já não mais fazia a cabeça da galera. E a música eletrônica entra involuntariamente assumindo o papel de divisor de águas entre os aspectos da música que naquele momento definia a partir da música e que era estilo e comportamento.
Ou seja ao sair de casa para ir em uma festa de música eletrônica, esse movimento que hoje faz parte da cultura ainda porta a influência do sugerir, aonde pessoas entram afim de se divertir “sexo, drogas e rock in roll”, e saem com a idéia que a vida não é só isso, e que a principal motivação para ir em uma festa de música eletrônica se resume na citação acima, e sim em um divisor de águas, “entra assim, e sai assim”...
Texto/Carlos A.
Foto/ The Bench Gang
