segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gary Knight

A fotografia como arma para um
MUNDO MELHOR


Esse foi um dos registros que Gary Night fez em uma das suas visitas no Brasil (RJ). Gary é inglês, tem 43 anos, em suas fotos denuncia crimes de guerra e contra a humanidade, utiliza a fotografia como ferramenta para a sua contribuição para melhora o planeta. O seu interesse por fotografia veio através do seu pai que, nos finais de semanas saia para passeios com a família disposto a tirar fotos de pessoas. No entanto, com o passar do tempo, a atenção de Gary acabou por se voltar as imagens captadas na guerra do Vietnã, porém a sua primeira oportunidade de trabalho foi registrando festivais de rock, clicou de Iggy Pop a Ramones.
Para quem estuda fotojornalismo e fotodocumentário como eu, Gary nos deixa um conselho: “Não seja medroso, tenha medo”. Segundo l, não é tão difícil. È necessário adquirir experiência e conhecer o funcionamento de uma guerra. Saber como as pessoas se portam quando atacadas e em perigo.
E para os que estão em dúvida sobre qual caminho seguir, vai ai outro conselho: “ Ninguém deve tentar seguir o meu caminho e sim, escolher algo pelo qual nutra paixão. Por exemplo se a proposta é a de fazer um projeto sobre um favela, tem que mostra os sentimentos das pessoas que moram nela e não mostra apenas os retratos”.
Gary se considera um contador de histórias, se dedica ao seu trabalho em tempo integral.
Na sua ultima vinda ao Brasil, veio somente para dar workshop, não se preocupou em fotografar, porém em sua breve passagem identifico muitos problemas, como a corrupção e a desigualdade social.
Há 20 anos Gary documenta as áreas mais pobres do mundo, entre outros assuntos. Em suas fotos, ele evita usar qualquer tipo de abordagem que traga constrangimento, como por exemplo, afirma erroneamente que uma mulher é prostituta. Suas imagens quando publicadas ganham vozes que falam naturalmente aos ouvidos de milhares de leitores pelo mundo a fora.

Entretanto, ao fotografar situações tão criticas, Gary tem um cuidado especial: registrar as pessoas pobres sem mostrá-las de forma humilhante.
Texto: Carlos Negrulho
Foto: Gary Knight

sábado, 25 de abril de 2009

Batida do Coração


Esse é o flyer da festa Batida do Coração, que é promovida pelo artista Zinho Trindade em Embu das Artes, ele é ator, cantor e poeta, Zinho vem mantendo a tradição cultural da família Trindade na cidade de Embu. Seu finado avô Trindade Solano foi o primeiro a escrever, com especialidade, para negros na época em que viveu. Solano era poeta, pintor, teatrólogo, ator folclorista. A Batida do Coração é uma festa que uni música e cultura brasileira em seus diversos aspectos, que vão da poesia ao folclore. No dia 30.04 eu fui um dos convidados de Zinho Trindade, fiz um long set “seleção musical” mesclando vários estilos. iniciei a noite bem suave, tocando Ska, música que origino o reggae, dando seqüência com Dub, que é uma vertente eletrônica do reggae. A pista entrou em êxtase quando destinei o set para as batidas quebradas, tocando Dubstep e Breakbeat, que não falaram por si só, O Mc Gaspar “Zaficra Brazil” foi um dos convidados da noite, para interagir no meu som, ele que é conhecido também por participar em vários projetos de música eletrônica, pela sensibilidade e dinâmica de fazer freestyle “rimas de improvisos” em batidas quebras. Participou com o produtor Pedrinho (Autoloud), EMBOLEX o primeiro núcleo de VJ’s do Brasil e nas festas da TEMP Breakcore. Na Batida do Coração não foi diferente, fizemos uma parceria espontânea e deixamos o mic aberto para outros MC’s e músicos interagir com seus instrumentos. Bom foi uma das melhores festas em que já toquei, espero que vocês possam através do texto, imaginar como foi á festa, a coisa foi tão boa, que ninguém se preocupou com as fotos rs.


Texto: Carlos Negrulho
Flyer: Batida do Coração crew
Foto: Ninguém rs

quarta-feira, 22 de abril de 2009

MARKY Friends ..................


Após um imerso período em jejum das noites de drum and bass, a qual andei transitando por outras festas analisando diferentes estilos de música, a fim de buscar novos elementos musicais para o meu som, na ultima segunda-feira, resolvi fazer um rolé na festa Marky Friends, projeto do Dj Marky, que nasceu em 2005, no The End, de Londres, o evento é uma celebração em que Marky convida grandes DJs do mundo todo para discotecarem juntos em uma só noite. Além da maior tende do skoll beats, o projeto Marky Friends ganha um novo espaço no Clash club em São Paulo, aonde teve mais uma das suas edição no dia 20.04.09, os convidados dessa edição foram os Djs Cable, Wes e os Mc’s Lucky e Black. Cheguei por volta das 00hs e me deparei com uma enorme que fila dava a volta no quarteirão, ao entrar na festa tive a oportunidade de ver pela primeira tocando o Dj e produtor Cable, que estava com total controle da pista, tocando sons com atmosfera profunda, acompanhada de baterias com timbres agressivos de Jungle, música que deu origem ao estilo, dando seqüência veio Marky muito aplaudido pela galera, tocando vários dubplates “músicas exclusiva”, o Dj surpreendeu o público com várias músicas com diferentes timbres sintéticos dos anos 80’s, conhecido por sons de vídeo game, que aponta para uma nova fase do drum and bass aqui no Brasil, que é considerado depois de Londres a segunda capital do estilo. A festa também foi marcada por um publico descontraído que se manteve dançando a noite inteira sem perder o pique, a festa ainda atraiu outros amantes de estilos que não fazem parte do público, e sim do time de Dj’s da cena eletrônica como: Marcio zanzi e Ronald e entre outros.

Texto: Carlos Negrulho
Fotos: Marky Friends Crew

sábado, 4 de abril de 2009

A relação entre o Hip-hop e os jovens.

RV DJ Negrulho
Góre
Rafilsk
Totó

CPDOC Fundação Tide Setubal (Centro de Pesquisa e Documentação) de São Miguel Paulista e um espaço para trocas e disseminação de informação e conhecimento. Todo o trabalho tem como foco a construção da memória local e sua relação com a cidade de São Paulo, tendo em vista os eixos: Educação e Cidadania.

No dia 28/03 realizou a terceira edição do “Encontro de Hip hop” que tem como intenção disseminar a produção local da cultura hip hop em São Miguel e no contexto da cidade, o encontro reuniu Dj’s, B-Boys, grafiteiros e Mcs de São Paulo e interior.
A realização do evento com a colaboração do artista local Fernando ''RV" que é rapper, grafiteiro e agitador cultural da nova geração do bairro, ele coopera e participa desde a primeira edição do evento como diretor artístico. Os grafiteiros foram os primeiros a colocarem a mão na massa, chegaram antes do evento por volta das 12hs para produzirem suas obras no encontro, as 17hs da tarde os DJs iniciaram a festa mostrando ao público o por que são elementos essenciais do hip hop. O evento também foi palco de encontro de gerações, pra quem não sabe São Miguel é um bairro que produz muitos eventos culturais com a iniciativa dos artistas locais, essas figuras agitam o bairro com diversos eventos que vão da música eletrônica, reggae aos campeonatos de skate. Maxwell é um dos idealizadores da React Music, que realiza eventos no estilo eletrônico, passou por lá e dize que foi impactado com a qualidade do evento, porém o que mais o chamo atenção foi o fato desse encontro reunir tantos amigos de varias gerações no mesmo ambiente em um só dia. O jovem Eduardo “Gore” diretor da CZL (Comunidade Zona Leste) Ong direcionada ao skate estava por lá e dize que sentiu o mesmo impacto que o Max ao ver todos os amigos da música, grafite e do skate em só dia, elogio a festa dizendo que reunir tantos amigos em um só dia é uma dádiva, dize também que ficou contente em ver as suas sementes dando seus frutos, pois ele é um dos pioneiros na produção de eventos culturais em São Miguel, hoje além das atividades com a ong é empresário no ramo skate wear e produto de eventos, a qual entre vários outros artistas trouxe pela primeira vez no bairro o show de Marcelo D2. Entre outras figuras perdidas no evento estava lá Rafael "Rafisk", esk8tista amador que promete em breve alcançar o nível profissional, dize que o skate e o hip hop andam de mãos dada, Jailto Severo "Totó" um dos grafiteiros mais conceituados em Sampa também comentou sobre a sua participação no evento e elogio o nível dos participantes e a qualidade do encontro.

Essa foi a terceira edição do Encontro de Hip hop que evoluiu em diversos aspectos: estrutura, divulgação e principalmente no time de artista que fizeram parte do evento que foi da música a dança ao grafite.
Texto/fotos: Carlos Negrulho.