terça-feira, 5 de maio de 2009

Severino Silva

Vida e morte
pelas lentes de

Severino Silva




Mais uma mestre da fotografia para dar brilhos as nossos olhos.

Severino Silva é o cara, ele acumula histórias em uma carreira de superação, sensibilidade e sucesso. Hoje com 48 anos, lembra que o céu de Pirituba, cidadezinha onde nasceu, era azul e cheio de nuvens brancas que formavam desenhos graças a sua imigração infantil. Mas os adultos não entendiam. Intrigado, pensava: será que só eu vejo isso? Era o único também que quando a avó varria a casa, observava a poeira subir e se encontrar com os feixes de luz que entravam pelas frestas.

Severino desde muito cedo, já tinha um olhar diferenciado, que indicava para um olhar fotográfico, também tinha o costuma de voltar do trabalho, apreciando as revistas de fotografias nas bancas de jornal, e de tanto meditar nesse universo ganho uma câmera da sua mãe. Aos 16 anos de idade, pediu as contas no seu antigo emprego e foi até O Globo a procura de emprego, chegando lá, argumento que não sabia fazer nada, mas queria trabalhar, e por conta da sua sinceridade conquistou uma vaga para serviços gerais.

De tanto pedir dicas ao fotografo, conseguiu um estágio na editoria de fotografia durante as férias.

Ao cobrir o dia-a-dia no Rio de Janeiro, aprendeu a fazer um pouco de tudo: futebol, retratos, economia, violência.
No entanto, a capacidade de captar imagens marcantes, devido á sua sensibilidade e simplicidade ao documentar conflitos nas áreas de risco, rendeu-lhe reconhecimento profissional no mercado jornalístico.

Severino aprendeu que em primeiro lugar vem a segurança, em segundo a fotografia, por ultimo, a técnica.
Prevenido, deixa sempre a câmera ajustada no modo automático de prioridade de velocidade. Apesar dos riscos rotineiros, Severino ressalta que não existe foto que valha uma vida.

Envolto em temas que refletem a fé humana, acredita em Deus, sem seguir uma religião, “antes de sair para trabalhar, sempre agradece por mais um dia e pede a Deus ajuda-lo com intuito de não cometer injustiça com ninguém”.
Texto/Resenha: Carlos Negrulho
Fotos: Severino Silba (RJ).

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