Trabalho Autêntico

Como saber se o trabalho é autêntico?

“O trabalho, ao mesmo tempo em que transforma a natureza, adaptando-a as necessidades humanas, altera o próprio homem, desenvolvendo suas próprias faculdades. Isso significa que, pelo trabalho, (o homem se autoproduz)”...

Vamos entender primeiro o que é o trabalho, o primeiro registro em que o termo trabalho é mencionado na história da humanidade, esta no primeiro livro da Torah; Gênesis 3:19 em que a seguinte frase é citada: “Do suor do teu rosto comerás o teu pão”. Por conta da desobediência, o homem passa a viver sem a dependência de Divina, e D’us o sentencia a sobreviver do fruto do seu trabalho.

O ser humano esta em constante estado de evolução, e uma das coisas que permite a evolução do ser é o trabalho, pois através dele, o homem além de conhecer a si mesmo, bem como sua força e os suas limitações, ele desenvolve as suas faculdades mentais.

Existem duas formas de trabalho, a primeira é aquela que permite o sujeito exercer a sua vocação com espontaneidade, e com amor.

A segunda forma de trabalho é aquela em que o sujeito exerce a sua função simplesmente por obrigação, como por exemplo, uma pessoa que tem uma formação acadêmica e por “N” motivos trabalha em um campo inferior a sua vocação.

Portanto tudo que o ser humano produz é uma forma de trabalho, seja braçal ou intelectual, as duas formas permite o desenvolvimento do ser.

Como saber se o trabalho é autêntico ou não?

Todo sujeito que trabalha mantendo princípios éticos, desenvolve um trabalho autêntico. A ética no trabalho é nada mais, nada menos do que trabalhar conforme os princípios estabelecidos pela própria profissão.

Hoje, a inversão de valores na função do trabalho tornou-se algo muito comum.

O médico não pode permitir o paciente se alto medicar, o motorista não pode deixar o passageiro conduzir o veiculo.

Em alguns casos como no trabalho do músico, ou do dj, pode haver a intervenção do público, como por exemplo, um dj que ao em vês de apresentar as tendências para o público, se submete ao gosto do senso comum, e deixa de transmitir o novo, para reproduzir o que é comum, deixa de ser autêntico.

No exemplo a cima, quando esse caso ocorre, do dj ser influenciado pelo público, ao em vês de as tendências, fica explicito uma forma de trabalho não autêntico, pois o dono da construção contrata o mestre de obras justamente para ele desenvolver a sua função, construir.

O músico como objeto da comunicação “é um emissor”, aquele que emite uma mensagem para o receptor (público).

Portanto ele não poder ser escravo do público, e não pode escravizar o mesmo emitindo uma mensagem comum, sendo que a sua função é apresentar o novo.

Ou seja, quando ocorre essa inversão de valores, além do profissional não apresentar um trabalho autêntico, ele se posiciona como rebelde, desobediente, transgressor da autenticidade como nos mostra o relato de Gênesis, nos apresenta um casal que por conta da conduta da desobediência passa a ter o trabalho como forma de sobrevivência, sendo que o trabalho deveria ser uma ação espontânea a fim de levar o ser humano a se alto produzir naturalmente.



Texto/Carlos A